O mundo que conhecíamos mudou. Em 2020, em Genebra, na Suíça, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que a doença causada pelo novo coronavírus era uma pandemia. Imediatamente os reflexos na economia puderam ser sentidos e afetaram toda a cadeia produtiva, assim como o setor de transporte de cargas e logística.
Mas, felizmente o setor conseguiu se reinventar buscando soluções. Hoje, vamos falar das festas de fim de ano, que mesmo em um cenário de retração econômica no país, é um período marcado pelo aumento no fluxo de cargas, causado principalmente pelo aquecimento das vendas, movimentando a economia e o mercado.
Certamente, você já imagina que os produtos alimentícios puxariam a lista de mercadorias mais transportadas. Acertou! O total do volume operacional sofreu um acréscimo de 30% nas operações de fim de ano.
Esse número é puxado pela movimentação principalmente de hipermercados, kits natalinos e aves natalinas, mas em algumas regiões temos produtos específicos que ainda sofrem uma demanda regional que antecedem as festas de fim de ano, como linguiça em São Paulo e costela bovina no Rio Grande do Sul.
Este ano, devido à Covid-19, houve uma complexidade maior, onde podemos observar algumas questões:
As entregas de kits natalinos sempre foram realizadas nas empresas, diretamente aos funcionários. Com o surgimento do home office, ainda não tínhamos a definição de como seria o processo de logística.
Observando a demanda e o mercado, identificamos duas etapas na logística. Na primeira etapa tivemos 55,56% das entregas realizadas porta a porta.
Na segunda etapa, o restante de 44,44% foi realizado nas próprias empresas. Essa atividade exigiu uma mudança de estratégia com relação ao último ano. A empresa teve que se preparar para realizar as entregas de acordo com as particularidades de cada cliente e o momento pelo qual estamos vivendo.
Trabalhamos ainda com a vulnerabilidade e possibilidade de afastamentos operacionais em virtude da contaminação da Covid-19.
Em uma operação de alto giro e período curto como é a operação natalina, a preocupação com a mão de obra se tornou uma questão estratégica para a qualidade da operação.
Tendo em vista essa questão, foram redobrados os cuidados com a segurança dos colaboradores como redução do intervalo entre as sanitizações dos ambientes, rotação no horário de refeição evitando aglomerações, reforço na questão das normas recomendadas pelas autoridades, como uso de máscaras o tempo todo, higienização frequente das mãos, evitar aglomerações e manter a distância recomendada, além da aferição da temperatura de todas as pessoas que adentram a empresa.
Ainda é cedo para avaliarmos as mudanças a médio ou longo prazo. Uma coisa é certa, a logística não pode parar. É imprescindível garantir o funcionamento das operações e, para isso, as empresas precisam colocar em prática planos de contingência para garantir a saúde de seus colaboradores e a sustentabilidade dos negócios.
Em relação aos centros de distribuição, é importante planejar e prever a falta de mão de obra, nos casos de afastamento de funcionários e aumento de demanda. Sendo assim, a capacidade de identificar antecipadamente as potenciais mudanças no cenário é fundamental para a empresa se preparar para enfrentá-las.
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